Gramado recebe imigrantes de diversas partes do mundo, atraídos pelas oportunidades profissionais e pela qualidade de vida que a cidade oferece. Em meio a esse cenário multicultural, um dos desafios é o atendimento das crianças que ingressam na rede de municipal de ensino. Atenta a esta demanda, a Secretaria da Educação implementou o projeto “Pontes do Saber” que busca mapear, acolher e incluir os estudantes imigrantes da rede de ensino, garantindo sua adaptação ao ambiente escolar e avaliando suas dificuldades relacionadas à barreira linguística ou aos desafios de aprendizagem que exijam suporte pedagógico específico. Por meio de estratégias pedagógicas personalizadas, a iniciativa visa facilitar a integração desses alunos, fortalecendo seu desenvolvimento acadêmico e social dentro da escola, auxiliando o educandário a cumprir seu papel social de forma acolhedora.
O projeto foi iniciado neste ano e é realizado na sede do Programa de Aprendizagem, Desenvolvimento e Inclusão (PADI). Para garantir a efetividade do atendimento, os alunos contam com transporte e duas refeições durante as aulas. Atualmente, cerca de 40 crianças de nacionalidades como haitiana, venezuelana, cubana, argentina – e até mesmo uma estudante brasileira alfabetizada em inglês – participam do projeto no contraturno escolar.
“É um pedido do prefeito Nestor Tissot que a gente esteja atento também às demandas específicas dos estudantes. Fizemos um levantamento dessas crianças e implementamos o projeto para que elas possam aprimorar sua comunicação e desenvolver-se melhor na escola”, destaca a secretária da Educação de Gramado, Simone Tomazelli.
O professor de português e inglês, Toni Augusto Pimentel, é especialista em psicopedagogia e afirma que a proposta do “Pontes do Saber” vai além do ensino do português, pois busca aproximar as crianças, incentivando a interação entre colegas da mesma nacionalidade e de outras culturas. “Mesmo em pouco tempo, alunos que inicialmente demonstravam timidez já se comunicam melhor e têm um vocabulário mais amplo”, ressalta o professor.
