Na última sexta-feira (06), o auditório do Centro Municipal de Saúde recebeu mais uma edição do Grupo Hiperdia, iniciativa voltada ao acompanhamento de pessoas com hipertensão e diabetes. O encontro abordou um tema de grande relevância: a relação entre o diabetes e a saúde mental, com a realização de uma roda de Terapia Comunitária Integrativa (TCI).
Receber o diagnóstico de diabetes exige mudanças profundas na rotina dos pacientes — como o monitoramento constante da glicose, o planejamento alimentar, o uso regular de medicamentos e a prática de atividades físicas. Essas exigências, somadas ao impacto emocional do diagnóstico, podem desencadear estresse e até distúrbios emocionais, tornando o cuidado com a saúde mental um pilar essencial no tratamento da doença.
Durante o encontro, foi destacada a importância de compreender a saúde mental de forma ampla, envolvendo o bem-estar psicológico, físico, emocional e social. O estresse emocional, por exemplo, pode alterar os níveis de glicose no sangue, dificultando o controle do diabetes e impactando diretamente a qualidade de vida dos pacientes.
A atividade foi conduzida pelas terapeutas comunitárias integrativas Camila Guimarães Dornelles (Psicóloga – CRAS Várzea Grande), Bianca de Abreu Ribeiro (Agente de Saúde) e Joziane de Quadros Lemann (Agente de Saúde). Por meio da TCI, os participantes foram convidados a compartilhar experiências, ouvir uns aos outros e construir, juntos, estratégias de enfrentamento para os desafios cotidianos.
A Terapia Comunitária Integrativa é uma prática reconhecida pelo SUS desde 2017, integrando a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC). Criada em 1987, a TCI busca promover redes de apoio e vínculos afetivos em encontros grupais que valorizam a escuta, o acolhimento e o poder da fala.
