Nesta terça-feira (12/03), o Troféu Infinito da Brocker Turismo promoveu Dia de Conteúdo e experiências exclusivas no Castelo Saint Andrews, em Gramado. O encontro contou com a presença dos operadores premiados para debater temas importantes do turismo, como mercado de luxo no Brasil e experiência, inclusão social. O evento teve bate-papo com Carolina Sass de Haro, da empresa Mapie, com mediação de Artur Andrade, editor-chefe do portal Panrotas, seguido de um diálogo com Letícia Francisco, CEO da Semearhis – Startup de Impacto Social.
Haro aprestou dados sobre o turismo de luxo e experiências no Brasil, resultado de uma pesquisa da Mapie em parceria com o Sebrae. O estudo mostra que, desde o fim da pandemia, o orçamento para viagens tem aumentado entre turistas com renda média de R$ 28 mil e faixa etária entre 25 e 49 anos. O orçamento pessoal tem priorizado cada vez mais as viagens de lazer e experiências diferenciadas, na comparação entre 2023 e 2022. Os gastos em viagens nacionais para o público desse perfil é de R$ 5 mil a R$ 15 mil, incluindo hospedagem, e com permanência de 5 a 7 dias. Para o viajante típico, a permanência é de 3 a 4 dias em destinos nacionais.
Os entrevistados da pesquisa mostraram preferência por experiências gastronômicas e restaurantes estrelados, visita a parques temáticos, conexão com a história e a cultura do destino, contato com a natureza, momentos de descanso e relaxamento, tour de compras, passeios guiados, e experiências únicas e autênticas. Entre os critérios relevantes ao se definir uma viagem estão inclusão e sustentabilidade. Uma tendência é o Quiet Luxury, em que produtos e serviços não ostentam luxo na marca e muitas empresas não possuem logo, como restaurantes e bares secretos. Há também maior consciência sobre o impacto ambiental e crescimento do nicho de consumidores que buscam experiências de luxo com sustentabilidade.
Na segunda parte do Dia de Conteúdo do Troféu Infinito, Letícia Francisco, CEO da Semearhis, falou sobre inclusão e acessibilidade. Segundo a gestora, 45 milhões de brasileiros se declaram PcD, uma fatia grande da população que deseja viajar e procura por experiências. Como a acessibilidade vai muito além de libras e estrutura para cadeirantes, foram discutidas formas de conscientizar e preparar os profissionais do setor para atender esse público, com dicas e orientações sobre inclusão. Letícia Francisco destacou que as empresas capacitadas neste sentido possuem um grande diferencial competitivo, estando inseridas no conceito do turismo e das cidades inteligentes.